“Se ame muito para me
amar. Me ame de graça e por tudo que sou. Me ame pelas minhas partes
tracejadas, picotadas, rasuradas, limpas, claras e legíveis. Me ame quando eu
sacudir o avesso de mim. (…)
Me ame muito, me ame
sempre, me ame quando eu sorrir, chorar, desistir, quando eu quiser recomeçar.
Me ame quando eu disser que vou voltar atrás.
Me ame quando todo
mundo for embora e a festa terminar…
Me ame sim, mas
entenda que amor para mim é aquele que a gente pode amar sendo quem é, com os
pés sujos de andar no chão, com o cabelo emaranhado de tanto cafuné e com o
coração livre. Porque a minha vida é a minha vida. A sua vida é a sua vida.
Elas quiseram se juntar e andar com as mãos unidas…
Eu dou o amor,
somente, porque ele vale mais que tudo. E com ele a gente aprende a se amar mais
e melhor. Porque o amor não tem título, muito menos definição.”
Clarissa Corrêa.
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