sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Desistir para quê? - Rafael Deleon

 

Falaram-me que quando tentamos e não conseguimos a solução é desistir.

Talvez seja a solução mais óbvia para o óbvio, para comum, mas para quê desistir?

Não tenho medo, confesso que talvez tenha, mas o medo não implica desistir.

Medo de amar, sofrer, chorar, cair, machucar, arranhar, não agradar, sempre existe o medo.


É difícil, é complicado, não se pode, é quase impossível, mas não é impossível, é possível.

Certo e errado, justo e injusto, luz e escuridão, amar ou sofrer, ser feliz e não ser.

Sorrir para agradar, chorar com intuito de mostrar, amar com intenção de amor.

Cair e levantar, machucar e curar, triste e alegre, um abraço e um adeus.


Sinônimos e antônimos, espelhos e reflexos, palavras e significados.

Mas para quê desistir? Desistir do que não se quer realmente ou do não tentar?

Desistir com culpa, intenção, com significados, motivos e causas, é desistir?

O amanhã é sempre incerto para sermos felizes, por que não hoje?


Se soubéssemos do dia de amanhã não viveríamos o hoje e sim o amanhã,

Diante de tudo isso, vivemos o ontem e o que nos faz viver o hoje?

Falar, silenciar, olhar, beijar, sentir, querer, quem disse que não é viver?

Importar-se com uma lágrima  de tristeza é ignorar o oceano.


Sim ou não, aceitar e não aceitar, feliz e não ser, viver ou morrer.

Tentar ou não tentar, beijar ou não beijar, amar e não amar.

Arriscar e não arriscar, não querer e querer.

Desistir para quê? Insistir, tentar, lutar! Silenciar, querer é viver.


Rafael Deleon C. Silva 

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